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É lei: foie gras e pele proibidos na cidade de São Paulo

O prefeito Fernando Haddad sancionou, na quinta (25), uma lei que representa uma grande conquista para os ativistas dos direitos dos animais, mas é uma pedra no sapato do mercado de luxo: em 45 dias, foie gras e pele de animais estarão proibidos na cidade de São Paulo.

O legislação, proposta pelo vereador Laércio Benko e aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores ainda em maio, proíbe a produção e comercialização de foie gras (fígado gordo de ganso ou pato) e também veda a comercialização de artigos nacionais ou importados feitos com pele de animais criados exclusivamente para a extração do couro.

Na prática, a regra é clara para a iguaria feita pela alimentação forçada da ave para extração do fígado: ela terá que deixar o menu dos restaurantes e as prateleiras dos mercados. Quanto aos artigos de couro, significa que casacos de pele de chinchila ou vison, por exemplo, estão banidos das lojas e shoppings, pois esses animais são criados apenas para essa finalidade. Couro retirado de qualquer outro animal que seja abatido de forma legal para obtenção de carne continua permitido.

Apesar de serem muito apreciados e valorizados pelas grifes de luxo, já existem alternativas na cadeia da moda para as peles e couros exóticos. A estilista Stella McCartney, por exemplo, é prova de que é possível produzir com qualidade e refinamento sem agredir os animais e seguindo uma filosofia de consumo consciente.

Até a manhã desta sexta (26), o anúncio da aprovação na fan page da prefeitura tinha quase 16 mil curtidas e 12 mil compartilhamentos. Dentre os 1200 e tantos comentários, a esmagadora maioria parabenizava a iniciativa e manifestava desejo de que a vigência da norma fosse ampliada.

Quem insistir em descumprir a lei, pode levar multa de R$ 5 mil, que dobra em caso de reincidência. A norma entra em vigor em 45 dias (a partir de 10 de agosto), e não afeta o consumo ou uso de produtos já adquiridos ou que forem comprados fora da cidade.

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